Sou pobre, por isso sou feliz!

“Felizes os pobres de espírito, pois o reino dos céus lhes pertence”. (Mateus 5.3 – NVT)

Há quem diga a seguinte expressão: “sou pobre, mas sou feliz”. Pode parecer uma maneira de se conformar com uma realidade que não seja a ideal, procurando algo positivo: o importante é ser feliz, ou ter saúde. Mas quem diria “sou pobre, por isso sou feliz”? Pode a pobreza ser motivo de alegria?

Nessa passagem Jesus demonstra a primeira característica necessária à verdadeira felicidade: a pobreza. Um outro modo de dizer seria: “felizes são os mendigos”! Em qual sentido? Isso não diz respeito à pobreza financeira, pois até o rei Davi disse que era pobre e necessitado, mesmo tendo muitas riquezas como rei (Sl 40.17). Na verdade, Jesus se referiu à pobreza espiritual, por isso pobres de espírito. Os pobres de espírito são os que verdadeiramente reconhecem que não têm nada a oferecer a Deus (assim como um mendigo não tem nada a oferecer a ninguém) e que dependem totalmente do que recebem das mãos dele (assim como um mendigo depende de outros).

Você é pobre de espírito? Como saber? Por meio das atitudes que você tem demonstrado diante de Deus e em relação às outras pessoas. Em Lucas 18:8-14 vemos a parábola do fariseu e publicano. O fariseu demonstra ao orar que não precisa de Deus, enquanto despreza o próximo. O publicano demonstra que depende totalmente de Deus e não despreza o próximo. Quem é pobre de espírito na parábola? Vemos na postura diante de Deus e das pessoas que é o publicano.

Apesar de muitos nascerem pobres “de berço”, ninguém nasce pobre de espírito! Somente quando se conhece o amor de Deus demonstrado em Jesus, e se depende totalmente da misericórdia de Deus, é que alguém é feito pobre de espírito! A consequência é que se passa a ser verdadeiramente filho de Deus e passa a pertencer ao reino de Deus. O que é mais do que suficiente para se dizer, com toda sinceridade, “sou pobre, por isso sou feliz”!

Rev. Timóteo Klein Cardoso

 

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