Mansidão e herança

“Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”. (Mateus 5:5)

Uma das características necessárias para a verdadeira felicidade cristã é a mansidão. Você conhece alguém manso? Talvez você se lembre de algum conhecido extremamente passivo, que dificilmente cause problemas de tão “bonzinho”, um verdadeiro “jumentinho de presépio”! Porém, a mansidão nada tem a ver com o temperamento pessoal, diz respeito ao caráter.

Mas o que significa ser manso? Essa palavra é usada com mais frequência em relação a animais que são calmos, não hostis ou violentos. É interessante que mesmo animais que são naturalmente agressivos, podem ser considerados mansos, como um pit bull. Isso é possível porque animais passam por um treinamento que os transforma, de modo que consigam controlar seus instintos mais destrutivos.

No sentido que Jesus ensinou, manso é aquele que, sendo transformado por Deus, não trata os outros agressivamente, mas de maneira gentil, bondosa e pacífica. Na prática, mansidão é deixar de revidar e de se vingar, mesmo quando sofremos injustiças, provocações ou maltrato de outros.

A história de José nos mostra um exemplo de mansidão (Gn 45; Gn 50). Ele não se vingou porque confiou no Deus que conduzia sua vida e a História, independentemente das circunstâncias que o acometeram. José entendeu que Deus havia transformado o mal que fizeram em bem. Contudo, certamente Jesus é o exemplo perfeito de mansidão, pois mesmo sendo humilhado não abriu a boca, submetendo-se humildemente à vontade de Deus (1Pe 2.21-23).

Não é fácil agir com mansidão! Todavia, quem é manso não agirá de outro modo, pois é uma questão de caráter e não um aspecto do comportamento. Embora seja difícil muitas vezes agir assim, é recompensador e motivo de esperança: somente os mansos herdarão as bênçãos prometidas por Deus na sua Palavra.

Rev. Timóteo Klein Cardoso

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