Aquele que nos fortalece é Aquele que nos dá paz

 

“Tudo posso naquele que me fortalece” Filipenses 4.13

Dias difíceis. Semanas de trabalho duro. Uma vida em meio a uma pandemia, porém as responsabilidades são as mesmas. Relacionamentos quebrados. Uma aflição nos espera em cada esquina. Pessoas frustradas. O pecado parece consumir cada vez mais o mundo que caminha para um barbarismo. O nosso pecado nos entristece e por vezes nos tira a perspectiva e esperança.

Uma leitura isolada do versículo 13 do capítulo 4 de Filipenses pode causar uma falsa, e extremamente perigosa, impressão de que podemos tentar realizar o que quisermos que realizaremos no poder de Cristo, quando na realidade não é isso que o texto diz.

Se repararmos bem, veremos que o texto diz muito mais sobre paz, descanso e confiança em Deus do que triunfo e vitória.

Paulo está agradecendo aos filipenses por estarem com ele em seus momentos de dor e tribulações.

Ele sabe muito bem o que é enfrentar dias difíceis, pois da prisão escreveu esta carta e outras duas. Paulo passou fome, necessidades, farturas e abundância, todo tipo de situação e conta em sua segunda carta aos coríntios quantas aflições ele enfrentou ao longo de seu ministério, entretanto Paulo sabia que podia passar por todas as situações no poder de Cristo.

Entender que tudo podemos não diz respeito a adquirirmos a habilidade de realizar tudo o que nos propomos a fazer, mas sim sermos capazes de passar por toda e qualquer situação, quer estejamos na praça da alegria, quer estejamos no vale da sombra da morte, passamos de cabeça erguida sabendo que Deus está conosco e sua vara e seu cajado nos consolam e nos protegem (Salmo 23).

Ao assumirmos que tudo podemos naquele que nos fortalece confessamos que sozinhos sucumbimos. Confessamos que a nossa força de vontade, otimismo, personalidade, firmeza e pensamentos positivos parecem frente os dias maus. Mas no poder de Cristo, na força que provém daquele que ressurgiu dos mortos, autor das nossas vidas e nossos dias, nele podemos enfrentar quaisquer dores, frustrações, doenças, aflições, perdas e tudo que pode tirar nossa paz.

Descansar naquele que é soberano sobre nossos mais profundos sentimentos. Confiar naquele que é soberano sobre todos os nossos dias, bons e maus. Encontrar a paz que provém de Deus, de mais nenhum lugar.

Uma canção composta pelos Arrais trata sobre a paz do crente. A canção é composta por algumas perguntas em suas estrofes:

“De onde vem a paz que surpreende oprimido, fazendo descansar sem medo de seu inimigo? De onde vem a força que o faz repousar seguro? […]

De onde vem a luz que ilumina o caminho daquele que confiou somente no que está escrito? De onde vem a esperança ao esperar no que é improvável? ”

A resposta que ecoa no último refrão da canção é:

“Não pertenço a mim mesmo, mas é de Cristo de onde vem a paz”

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