Você é feliz?

“Certo dia, quando Jesus viu que as multidões se ajuntavam, subiu a encosta do monte e ali sentou-se. Seus discípulos se reuniram ao redor, e ele começou a ensiná-los. “Felizes os pobres de espírito, pois o reino dos céus lhes pertence. […] Felizes os perseguidos por causa da justiça, pois o reino dos céus lhes pertence”. (Mateus 5:1-3,10 – NVT)

Qual é o principal objetivo da vida? O que motiva alguém em tudo o que faz? Talvez a resposta a estas perguntas envolva coisas como constituir uma bela família, possuir uma boa formação acadêmica, conquistar uma carreira profissional significativa e construir um patrimônio. Tudo isso têm a sua importância, mas não responde essas perguntas… apenas indicam planos e desejos pessoais para se chegar a um objetivo maior. A verdade é que, seja qual for o caminho escolhido e percorrido, o objetivo de qualquer pessoa é ser feliz!

Não há dúvidas que é possível ter momentos de alegria com a família, nos estudos e na profissão. Mas será que a verdadeira felicidade está nessas coisas passageiras, que muitas vezes são também motivo de frustração? No chamado “sermão do monte”, Jesus trata sobre o que é a verdadeira felicidade, não se referindo aos planos e desejos que alguém possa querer realizar. Ele trata das características que alguém deva ter para ser feliz. Em outras palavras, a verdadeira felicidade não está nas realizações que uma pessoa possa alcançar, mas no caráter que possui!

Jesus explicou aos seus discípulos que a verdadeira felicidade está em ser pobre, chorar, ser manso, ter fome e sede, ser misericordioso, puro de coração, pacificador e ser perseguido. Quem, em são consciência, busca felicidade nessas coisas?! Isso é surpreendente!

Contudo, a verdadeira felicidade é oposta ao que normalmente se possa imaginar ou se busque naturalmente! Na realidade, a real felicidade consiste em ser discípulo de Cristo, viver na sua presença e aos seus pés, receber seu ensino e possuir seu caráter, que é descrito nas bem-aventuranças.

Você conhece o Senhor Jesus, o segue e tem aprendido aos seus pés a cada dia? Somente assim você será verdadeiramente feliz…

Rev. Timóteo Klein Cardoso

“Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz, e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano”. (Lucas 17.15-16)

Enquanto Jesus dirigia-se para Jerusalém – para sofrer, ser morto e ressuscitar – ele passou por uma aldeia entre Samaria e a Galileia. Nessa ocasião, dez leprosos o procuraram clamando por compaixão. Essa doença terrível os marginalizava da sociedade, afastando-os até da própria família. Como Lucas registra, Jesus os curou. Porém, esse relato tem muito a ver conosco!

Os leprosos viviam em uma situação em que sabiam que precisavam de Jesus, por isso o buscaram. O quanto demonstramos que precisamos de Jesus? Talvez a melhor maneira de responder seja considerar o quanto lemos a Bíblia, para ouvir o que Deus tem a nos dizer, e o quanto oramos, para dizer o que precisamos. É interessante que Jesus respondeu ao clamor com uma ordem, sobre o que os leprosos precisavam fazer para receberem compaixão. À medida que o obedecemos, somos abençoados!

O mais importante, porém, aconteceu somente com o leproso que era ainda mais desprezado por ser samaritano. Ele não apenas recorreu a Jesus e obedeceu, mas voltou para dar glória a Deus, prostrando-se e agradecendo. Buscamos a Deus somente para pedir, ou também para agradecer?

Uma coisa é recorrer a Deus somente quando estamos em uma situação difícil para nós, para receber o que queremos ou precisamos. Isso é o que a maioria faz, como os nove leprosos! Outra coisa é reconhecer que sempre necessitamos de Deus, seja para rogar por compaixão ou para expressar gratidão. Lembremos que somente o que buscou a Cristo com gratidão pôde ouvir: “Levanta-te e vai; a tua fé te salvou”, os outros, não!

Rev. Timóteo Klein Cardoso

 

Naqueles dias Israel não tinha rei; cada um fazia o que parecia certo a seus olhos”. (Juízes 21.25 – NVT)

Talvez você nunca tenha lido o livro de Juízes por completo, mas certamente já ouviu falar de alguns de seus personagens e de suas histórias, como Gideão e Sansão. São histórias incríveis, quase inacreditáveis. Até parece ser de um tempo completamente diferente do que vivemos. Mas só parece!

Na verdade, os dias em que vivemos tem muitas semelhanças aos dias do livro de Juízes! Naquela época, eles viviam em um contexto com uma variedade impressionante de deuses, assim como o nosso. Sabemos que deuses não são apenas ídolos religiosos feito por mãos humanas, mas tudo aquilo que o ser humano usa como substituto de Deus para colocar sua confiança, motivações, satisfação e esperança! As pessoas confiam e investem seu tempo para conquistar riqueza, fama, prazer, entretenimento e em Tantas outras coisas. Assim como em Juízes, cada um faz com sua vida o que parece certo aos próprios olhos!

Lembre-se sempre que vivemos em um mundo misto e caído, onde há quem procura viver para agradar a Deus e há também os que não se preocupam com isso. Diariamente precisamos escolher entre seguir a Deus como Senhor, ou seguir as preferências e tendências de nossa época. Isso acontece com cada área de nossa vida: familiar, profissional, acadêmica, social, cultural e até mesmo na igreja.

Como têm sido suas escolhas? Certas aos seus próprios olhos, ou boas aos olhos de Deus?

Rev. Timóteo Klein Cardoso

“Excelso é o SENHOR, acima de todas as nações, e a sua glória, acima dos céus. Quem há semelhante ao SENHOR, nosso Deus, cujo trono está nas alturas, que se inclina para ver o que se passa no céu e sobre a terra? ”. (Salmos 113.4-6)

O ser humano é capaz de grandes coisas. Com estudo e muito trabalho, consegue fazer construções impressionantes que podem ser vistas do espaço. Com o uso da tecnologia consegue também observar nosso próprio planeta, do espaço sideral. Dentre tantas lições que podem ser aprendidas com isso é que, apesar de realizações grandiosas, somos pequenos, e praticamente insignificantes diante do mundo, do universo e do Deus Criador!

O salmista, ao reconhecer a grandeza de Deus, demonstra essa consciência. Ele afirma que nosso Deus é grande, incomparável e que tem o controle sobre todas as coisas. “Quem há semelhante ao Senhor, nosso Deus, cujo trono está nas alturas, que se inclina para ver o que se passa no céu e sobre a terra? ”. Obviamente, não há ninguém como Deus. Mas essa resposta ainda não explica a pergunta!

Contudo, embora seja incomparavelmente superior a tudo e a todos, Deus não é indiferente ao que se passa na terra. Ele nos criou e se inclina a cada dia para cuidar de nós, dando-nos vida, respiração e tudo mais (At 17.25). Além disso, Deus não foi indiferente ao fato de sermos pecadores, mas inclinou-se até o ponto de tornar-se homem na pessoa de Jesus, para salvar aqueles que ele mesmo quis.

Que diferença faz na sua vida o fato de que Deus não é indiferente a você?

Rev. Timóteo Klein Cardoso

Aquele que nos fortalece é Aquele que nos dá paz

 

“Tudo posso naquele que me fortalece” Filipenses 4.13

Dias difíceis. Semanas de trabalho duro. Uma vida em meio a uma pandemia, porém as responsabilidades são as mesmas. Relacionamentos quebrados. Uma aflição nos espera em cada esquina. Pessoas frustradas. O pecado parece consumir cada vez mais o mundo que caminha para um barbarismo. O nosso pecado nos entristece e por vezes nos tira a perspectiva e esperança.

Uma leitura isolada do versículo 13 do capítulo 4 de Filipenses pode causar uma falsa, e extremamente perigosa, impressão de que podemos tentar realizar o que quisermos que realizaremos no poder de Cristo, quando na realidade não é isso que o texto diz.

Se repararmos bem, veremos que o texto diz muito mais sobre paz, descanso e confiança em Deus do que triunfo e vitória.

Paulo está agradecendo aos filipenses por estarem com ele em seus momentos de dor e tribulações.

Ele sabe muito bem o que é enfrentar dias difíceis, pois da prisão escreveu esta carta e outras duas. Paulo passou fome, necessidades, farturas e abundância, todo tipo de situação e conta em sua segunda carta aos coríntios quantas aflições ele enfrentou ao longo de seu ministério, entretanto Paulo sabia que podia passar por todas as situações no poder de Cristo.

Entender que tudo podemos não diz respeito a adquirirmos a habilidade de realizar tudo o que nos propomos a fazer, mas sim sermos capazes de passar por toda e qualquer situação, quer estejamos na praça da alegria, quer estejamos no vale da sombra da morte, passamos de cabeça erguida sabendo que Deus está conosco e sua vara e seu cajado nos consolam e nos protegem (Salmo 23).

Ao assumirmos que tudo podemos naquele que nos fortalece confessamos que sozinhos sucumbimos. Confessamos que a nossa força de vontade, otimismo, personalidade, firmeza e pensamentos positivos parecem frente os dias maus. Mas no poder de Cristo, na força que provém daquele que ressurgiu dos mortos, autor das nossas vidas e nossos dias, nele podemos enfrentar quaisquer dores, frustrações, doenças, aflições, perdas e tudo que pode tirar nossa paz.

Descansar naquele que é soberano sobre nossos mais profundos sentimentos. Confiar naquele que é soberano sobre todos os nossos dias, bons e maus. Encontrar a paz que provém de Deus, de mais nenhum lugar.

Uma canção composta pelos Arrais trata sobre a paz do crente. A canção é composta por algumas perguntas em suas estrofes:

“De onde vem a paz que surpreende oprimido, fazendo descansar sem medo de seu inimigo? De onde vem a força que o faz repousar seguro? […]

De onde vem a luz que ilumina o caminho daquele que confiou somente no que está escrito? De onde vem a esperança ao esperar no que é improvável? ”

A resposta que ecoa no último refrão da canção é:

“Não pertenço a mim mesmo, mas é de Cristo de onde vem a paz”