Uma igreja cheia do Espírito Santo

Revendo as marcas da primeira comunidade cheia do Espírito, fica evidente que todos eles se preocupavam com os relacionamentos dentro da igreja. Em primeiro lugar, estavam relacionados aos apóstolos (em submissão). Estavam ansiosos para receber as instruções deles. Uma igreja cheia do Espírito Santo é uma igreja apostólica, uma igreja neotestamentária, ansiosa para crer naquilo que Jesus e seus apóstolos ensinaram, pronta para obedecer. Em segundo lugar, eles estavam ligados uns aos outros (em amor). Eles perseveravam na comunhão, amparando-se mutuamente a ajudando os pobres nas suas necessidades. Em terceiro lugar, estavam ligados a Deus (em adoração). Eles o adoravam no templo e em casa, nas ceias do Senhor e nas orações, com alegria e reverência. Uma igreja cheia do Espírito é uma igreja que cultua. Em quarto lugar, eles estavam ligados ao mundo (em evangelização). Eles estavam engajados numa evangelização contínua. Nenhuma igreja egocêntrica, autossuficiente (absorta em seus próprios negócios paroquiais) pode afirmar que está cheia do Espírito. O Espírito Santo é um Espírito missionário. Portanto, uma igreja cheia do Espírito é uma igreja missionária.

Não precisamos esperar, como os 120, pela vinda do Espírito Santo. Pois o Espírito Santo veio no dia de Pentecoste, e nunca mais deixou a sua igreja. Nossa responsabilidade é nos humilharmos diante de sua autoridade soberana, decididos a não apagá-lo, mas a lhe dar toda a liberdade. E então, nossas igrejas irão manifestar, novamente, as marcas da presença do Espírito que muitos jovens estão buscando especialmente: ensino bíblico, comunhão em amor, adoração viva e uma evangelização contínua e ousada.

– John Stott, A Mensagem de Atos

CategoryDevocional, Pastoral