O dia de descanso

“Deus […] descansou de toda a obra que realizara na criação” (Gn 2.3).

Qual foi a coroa da criação de Deus? Não foi a criação do homem, mas a provisão do sábado; não foi a ordem para que o homem pegasse suas ferramentas e trabalhasse seis dias, mas a ordem para deixá-las de lado no sétimo dia para adorar ao Senhor. O plano de Deus era criar não apenas homem como trabalhador, mas como adorador. Os seres humanos se tornam mais dignos quando estão adorando a Deus.

Esse propósito divino foi posteriormente incluído nos Dez Mandamentos, no quarto mandamento: “Lembra-te do dia de sábado, para santificá-lo” (Ex 20.8). Deus sabia o que estava fazendo quando ordenou o nosso descanso mental e físico. Além disso, um dia em sete deveria ser separado para adorar a Deus. Embora alguns cristãos insistam em guardar o sétimo dia no sábado, aparentemente os cristãos primitivos separavam o primeiro dia da semana para adorar, celebrando a ressurreição de Jesus Cristo (Jo 20.19, 26; At 20.7).

O próprio Jesus observou o sábado e ensinou seus discípulos a fazerem o mesmo. Mas ele estabeleceu também um importante princípio: “O sábado foi feito por causa do homem, e não o homem por causa do sábado” (Mc 2.27). A observância do domingo não deve ser algo enfadonho e restritivo, mas uma celebração semanal alegre, na qual encontramos tempo para o descanso, para a adoração e (deveríamos acrescentar) para a família.

John Stott – Adaptado